Setembro Amarelo: ANS alerta para mês de prevenção ao suicídio

O mês de setembro é dedicado a alertar a população sobre um problema mundial e grave: o suicídio. Atualmente, esta é uma das principais causas de morte em todo o mundo, conforme estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS). O número de vidas ceifadas pelo suicídio é maior do que pelo HIV, malária ou câncer de mama. Em 2019, uma em cada 100 mortes foi causada por suicídio, segundo o relatório “Suicide worldwide in 2019”, divulgado pela OMS em meados de junho último. A maioria dos casos está relacionada a doenças como depressão, transtorno bipolar e abuso de substâncias químicas. 

O dia 10/09 é oficialmente o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, data que reforça ações no mundo todo principalmente voltadas ao cuidado com a saúde mental e às formas de identificar o problema. Pequenas mudanças de comportamento podem ser indícios de sintomas de um quadro mais grave, que pode evoluir para o suicídio. Nesses casos, o diagnóstico precoce, o tratamento e o acompanhamento são essenciais. 

O desejo de morrer pode surgir em muitos casos de transtornos mentais e emocionais, para os quais, nas últimas décadas, muito passou a ser investido em termos de conhecimento das enfermidades e alternativas diagnósticas e terapêuticas. O consenso é de que ações preventivas são sempre o melhor caminho, motivo pelo qual a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) tem investido em ações de promoção da saúde, incluindo a saúde mental, junto às operadoras. 

“Entendemos que a atenção à saúde mental na saúde suplementar deve ultrapassar a abordagem do quadro agudo e dos sintomas ativos e possuir uma perspectiva ampliada e completa. Essa visão certamente tem influências positivas no atendimento aos beneficiários e é importante que as operadoras estejam atentas”, destacou o diretor-presidente da ANS, Paulo Rebello. A ANS tem buscado induzir mudanças no modelo de atenção à saúde praticado a partir do estímulo à adoção, pelas operadoras, de práticas cuidadoras e integrais, com a implantação de programas para Promoção de Saúde e Prevenção de Riscos e Doenças (Promoprev). 

Rebello lembra que, com a pandemia da Covid-19, muitas pessoas passaram a enfrentar situações emocionais difíceis ou tiveram seu quadro de saúde mental agravado. “É preciso que todos estejamos alertas e que façamos o possível para assegurar a saúde das pessoas que convivem conosco. Mesmo o coronavírus tendo afastado muitos pacientes dos consultórios e de seus tratamentos, devemos recordar que, na medida do possível, os atendimentos passaram a ser feitos de forma online, o que foi autorizado pelos conselhos profissionais, possibilitando aos beneficiários de planos de saúde manter o acompanhamento de seus tratamentos que já vinham realizando”, frisou, reforçando a importância de os pacientes não ficarem sem atendimento, incluindo as condições que afetam a saúde mental. 

Certificação de Boas Práticas 

Outra iniciativa da ANS, a Certificação de Boas Práticas em Atenção Primária à Saúde propõe um modelo inovador na saúde suplementar para a reorganização da porta de entrada do sistema, com base em cuidados primários em saúde, com vista à indução da mudança do modelo de atenção e ao modelo de remuneração para geração de valor. 

Uma operadora que quer obter a mencionada certificação em seu nível máximo – a Certificação Plena – deve desenvolver ações relativas à saúde mental de seus beneficiários. 

A ANS aproveita para destacar que existem vários canais de ajuda para as pessoas que estão atravessando momentos difíceis e pensando em desistir de viver. Procure sua operadora e veja se ela oferece algum tipo de programa de acolhimento. Também é possível procurar apoio nos seguintes locais:  

  • CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) das cidades em horários comerciais 
  • Psicólogos ou psiquiatras para consulta presencial ou remota 
  • CVV (Centro de Valorização da vida), ligando para o número 188. 

Para os casos em que a tentativa de suicídio tenha ocorrido, deve-se ligar para o SAMU (192) ou para o Corpo de Bombeiros (193) para atendimento imediato. 

Fonte, Gov.br, acesso em 13/09/2021

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