Fonte: IPCOM – acessado em: 27/09/2018
Ao longo dos anos, as empresas aprenderam que aquela que não souber trabalhar com eficiência não sobreviverá. Há menos tempo, porém, muitas perceberam que um custo que nada tem a ver com os produtos que fabricam ou vendem escapava desse controle. Encontraram desperdícios e ineficiência na forma como eram usados os planos de saúde que contratam para seus funcionários. A constatação fez surgir um movimento crescente de companhias em busca de saídas. Total de 62 têm se reunido para trocar experiências. Gestões mais atentas, prevenção e ferramentas próprias para melhorar a eficiência têm ajudado muitas empresas a reduzir custos com planos de saúde e ter trabalhadores mais saudáveis. Por meio de acompanhamento e serviço de orientação próprios, em um ano a Volkswagen conseguiu reduzir em 25% os dias de hospitalização de seus funcionários.
A despesa com planos de saúde continua a ser o segundo maior gasto com pessoal numa empresa, perdendo apenas para salários. Representa 12% do que as companhias gastam com funcionários, em geral, e chega a 20% nos grupos de empregados mais qualificados, segundo Luiz Edmundo Rosa, diretor de desenvolvimento de pessoas da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH).
Estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) indica que dos 47,3 milhões de beneficiários de planos privados registrados no país em 2017 cerca de 80% correspondem a planos coletivos (empresariais ou por adesão). Já faz dez anos, porém, que a variação do chamado custo médico hospitalar (VCMH), do Instituto de Saúde Suplementar, ultrapassa em muito a inflação medida pelo IPCA. Segundo o estudo da CNI, entre 2008 e 2016 o IPCA aumentou 75% enquanto o custo médico hospitalar cresceu 238%. O VCMH em 2017 foi de 19,20%.
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