Fonte: IESS – Acessado em: 05-12-2018
O envelhecimento populacional é uma das questões de maior impacto para o setor de saúde. O total de beneficiários de planos médico-hospitalares com 59 anos ou mais cresceu 2,5% entre setembro de 2018 e o mesmo mês do ano anterior, o que equivale a 166,7 mil novos vínculos segundo a última edição da NAB, já abordada aqui no Blog.
Até 2030, considerando uma taxa de cobertura constante, o efeito do crescimento populacional e a mudança na composição etária da sociedade brasileira, o setor de saúde suplementar deve firmar mais 4,3 milhões de vínculos até 2030. O que elevaria o total de beneficiários para 51,6 milhões. Com esse aumento e o avanço do porcentual dos beneficiários com 59 anos ou mais, as despesas assistenciais devem subir para R$ 190,7 bilhões. Um aumento de 27,9%. Como mostra nossa “Projeção das despesas assistenciais da saúde suplementar”, também já analisada aqui.
Claro que a longevidade humana é uma das maiores conquistas da ciência. Com o surgimento constante de novas tecnologias, é possível aumentar a expectativa de vida. Mas tal possibilidade gera sérios questionamentos éticos. Para lidar com essa questão de forma mais humanizada, as pesquisas e a aplicação de cuidados paliativos têm avançado de forma significativa.
Em uma entrevista, esta semana, ao Portal Hospitais Brasil, o coordenador de cuidados paliativos do hospital Sírio-Libanês e presidente da Academia Nacional de Cuidados Paliativos, Dr. Daniel Neves Forte, afirmou que a “implementação adequada do serviço diminui as despesas das unidades hospitalares entre 30% e 50%, evitando hospitalizações e intervenções desnecessárias”.